Escala de Bristol: suas fezes revelam seu estado de saúde.

Você já se perguntou se suas idas ao banheiro são “normais”? A forma e a consistência das suas fezes podem revelar muito sobre a sua saúde intestinal. É aí que entra a Escala de Bristol, uma ferramenta simples e eficaz para avaliar a saúde do seu intestino.

      A Escala de Bristol é um método de classificação das fezes humanas em sete categorias, desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Bristol, na Inglaterra no ano de 1997. Essa escala considera o formato e a consistência das fezes, permitindo identificar se o funcionamento do intestino está adequado ou se há algum problema funcional.

      A escala divide as fezes em sete tipos, de 1 a 7, cada um representando uma forma e consistência diferentes, vejamos cada tipo:

  • Tipo 1: Fezes separadas, duras e semelhantes a nozes (constipação severa).
  • Tipo 2: Fezes em forma de salsicha, mas secas e duras (constipação).
  • Tipo 3: Fezes em forma de salsicha, mas com rachaduras na superfície (normal).
  • Tipo 4: Fezes em forma de salsicha, macias e com superfície lisa (ideal).
  • Tipo 5: Fezes macias e com bordas bem definidas, fáceis de evacuar (normal).
  • Tipo 6: Fezes pastosas, desmanchando-se no vaso sanitário (diarreia).
  • Tipo 7: Fezes líquidas, aquosas, sem forma sólida (diarreia).

      O que a Escala de Bristol revela?

      Ao observar o tipo de fezes que você produz, é possível identificar possíveis problemas intestinais:

  • Tipos 1 e 2: Indicam constipação, que pode ser causada por diversos fatores, como dieta pobre em fibras, sedentarismo, desidratação ou uso de determinados medicamentos.
  • Tipos 3 e 4: São considerados normais e indicam um bom funcionamento intestinal.
  • Tipos 5, 6 e 7: Podem indicar diarreia, que pode ter diversas causas, como infecções, intolerâncias alimentares ou doenças inflamatórias intestinais.

      A Escala de Bristol é uma ferramenta simples e útil para:

  • Monitorar a saúde intestinal: Ao observar suas fezes regularmente, você pode identificar mudanças e procurar ajuda médica, se necessário.
  • Auxiliar no diagnóstico: A escala pode ajudar o médico e/ou nutricionista a identificar a causa de problemas intestinais, como constipação ou diarreia.
  • Acompanhar o tratamento: A escala pode ser utilizada para avaliar a eficácia de tratamentos para problemas intestinais.

      Se você perceber que suas fezes estão consistentemente fora do padrão (tipos 1, 2, 6 ou 7), é importante consultar um médico e nutricionista Estes profissionais poderão investigar as possíveis causas e indicar o tratamento mais adequado. Contudo, você pode adotar alguns hábitos que podem melhorar muito sua saúde intestinal, são eles:

  • Alimente-se de forma equilibrada: Inclua frutas, legumes, verduras e grãos integrais na sua dieta. Estes alimentos são ricos em fibras, que auxiliam enormemente no trânsito intestinal.
  • Beba bastante água: A hidratação adequada é essencial para a saúde intestinal. O ideal é que você consuma 35 mL de água por Kg de peso. Para saber,   basta multiplicar seu peso corpóreo por 35 mL. Por exemplo: Uma pessoa pesa 60 Kg, portanto: 60 x 35 mL = 2.100 mL.
  • Pratique exercício físico regularmente: O exercício físico ajuda a estimular o funcionamento do intestino. Escolha o exercício que mais lhe agrada, para que consiga manter a constância nos treinos.
  • Mantenha uma rotina: Tente ir ao banheiro no mesmo horário todos os dias. Para conseguir isto, é necessário que você regule seus horários diários de um modo geral. Por exemplo: procure dormir, acordar e se alimentar sempre no mesmo horário.
  • Evite o sedentarismo: A falta de atividade física pode levar à constipação. A OMS recomenda que um adulto realize pelo menos 150 minutos de exercício físico leve a moderado, ou 75 minutos de exercícios físicos de alta intensidade por semana.

      É importante lembrar que a escala não substitui uma consulta médica. Se você tiver alguma dúvida ou preocupação, procure um profissional de saúde. Se desejar assistir um vídeo explicativo sobre a Escala de Bristol, clique abaixo.

      Referências bibliográficas:

https://www.scielo.br/j/rlae/a/vDBpwytKNhBsLbzyYkPygFq/?format=pdf&lang=pt

https://periodicos.ufba.br/index.php/cmbio/article/download/24510/15929/91842

https://anais.sobest.com.br/cbe/article/view/738

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